Diário do Mercado na 3ª feira, 08.05.2018
Bolsa oscila, mas tem leve avanço após cinco pregões de queda
Resumo.
A volatilidade tomou conta dos mercados acionários pelo mundo enquanto os agentes aguardavam a decisão do presidente Donald Trump a respeito da saída dos EUA do acordo nuclear iraniano.
O anúncio do cancelamento do acordo e da reimposição das sanções sobre o Irã não teve a magnitude esperada e os ativos sofreram apenas moderadas correções.
O Ibovespa reagiu e subiu, mas renunciou parte da alta nos minutos finais do pregão – mesmo assim conseguiu lograr ligeira valorização no dia, quebrando sequência de cinco sessões consecutivas negativas.
Já as bolsas de Nova York percorreram caminhos divergentes, encerrando praticamente estáveis. No mercado de câmbio, o dólar continuou a se fortalecer no exterior, induzindo desvalorização do real. A divisa norte-americana chegou a se aproximar da cotação de R$ 3,60 na máxima intradiária, encerrando com elevação de +0,48% hoje - segundo avanço seguido.
O risco Brasil medido pelo CDS 5 anos deu novo salto indo a 199 pts, maior pontuação desde setembro de 2017.
Ibovespa.
Percorrendo trajetória errática, destacadamente no início da sessão, o índice doméstico reduziu ganhos no fim, mas conseguiu sustentar um avanço moderado.
Ainda pela manhã, o índice recuou aos 82.201 pts (-0,62%) - na mínima intradiária, uma firme reversão na parte da tarde o fez bater em 83.408 pts (+0,84%) - na maior pontuação da sessão.
Vale destacar o desempenho da ação do Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 14,56%. Também, os papéis de Banco do Brasil, Cielo e Itaú registraram valorizações e contribuíram para o fechamento positivo do índice.Na outra ponta, Smiles, Gerdau e Santander recuaram.
O índice fechou aos 82.956 pts (+0,29%), recuando 0,19% na semana e 3,67% no mês. No ano, acumula alta de 8,58% e ganhos de 26,60% em 12 meses. O forte giro preliminar da Bovespa foi de R$ 12,961 bilhões, sendo R$ 12,654 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 6ª feira, 04.05, último dado disponível, houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 241,804 milhões da bolsa, aumentando o saldo negativo para R$ 1,085 bilhão no mês e reduzindo o saldo positivo para R$ 3,335 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-DI acelerou a 0,56% em março para 0,93% em abril – acima do esperado, de 0,61%. Com o dado de abril, o índice passou a acumular alta de 2,24% em 2018 e elevação de 2,97% em 12 meses.
No desdobramento do índice, o IPA-DI (atacado) registrou elevação de 1,26% em abril, ante alta de 0,77% em março; o IPC-DI (varejo) subiu 0,34% em abril contra avanço de 0,17% em março; e, por fim, o INCC-DI teve elevação de 0,29% em abril, frente a alta de 0,24% em março.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) avançou pela segunda sessão consecutiva, entretanto, fechou com certa distância, da máxima intradiária - próxima de R$ 3,60. No exterior, a divisa se fortaleceu frente a maior parte das moedas principais bem como ante as divisas de emergentes.
O dólar fechou cotado a R$ 3,5680 (+0,48%), acumulando alta de 1,25% na semana, 1,83% no mês, 7,63% no ano e 11,67% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos saltou para 199 pts, ante 185 pts da véspera.
Juros.
A inclinação positiva da curva da estrutura de juros futuros se acentuou nesta terça-feira diante da segunda alta consecutiva do dólar e da maior percepção de risco advinda do exterior pelos investidores.
Os vértices de curto prazo registraram ajustes moderados, precificando uma diminuição na probabilidade de corte na Selic na semana que vem, ainda que esta ainda seja a aposta prevalecente. Já os contratos de médio e longo prazos tiveram firmes elevações.
Para quarta-feira.
Brasil: IPC FIPE- Semanal;
EUA: IPP amplo e núcleo, vendas de negócio no atacado e estoques no atacado;
França: produção industrial e produção do setor de fabricação;
China: IPP, IPC, financiamento agregado e novos empréstimos em yuan.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira 08.05.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON MOREIRA ALES, CNPI-T, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.
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